sábado, 21 de fevereiro de 2009

Uma fábula de auto superação!

Amanhã o grande vencedor do Oscar 2009 será o filme Quem quer ser um milionário? de Danny Boyle.

A história de amor e superação do jovem Jamal por sua Latika transpõe barreiras e se torna um história universal, como o país onde ocorre a trama - a Índia.

A Índia tem despontado no cenário mundial como uma das grandes potências do futuro. E, dessa forma, expondo o que de pior o progresso pode trazer: a diferença de classes.

Isto fica muito claro no filme. Principalmente na cena em que Jamal observa do alto de um edifício em construção a favela onde morou, Bombaim, a maior favela da Índia. E, acredito, uma das maiores do mundo.

Ao mesmo tempo que vemos a pobreza, vemos também o crescimento financeiro da Índia, as custas de trabalho escravo.

Diante desse mundo, Danny Boyle construiu uma fábula que serve de metáfora para a crise norte-americana e agora mundial.

Não importa o tamanho da merda, você pode superá-la. Basta ter esperança. Esta é a mensagem do filme. Meia profética até.

Isto fica evidente na cena em que o jovem Jamal não mede esforços para conseguir um autógrafo de seu ídolo do cinema indiano e literalmente mergulha na latrina da favela. Sua subida no meio do excremento e a posterior corrida até o ídolo, sem pudores, é uma metáfora perfeita da crise americana e das mensagens de Barack Obama. Você consegue! Você pode! Basta querer!
Com esta mensagem de otimismo do filme, se valendo da desgraça dos outros - a pobreza da Índia - o Oscar de melhor filme seria uma forma da população americana coroar seu ego e levantar a cabeça para lutar ao longo do ano em busca da recuperação do American Way of Life perdido. Ou seria do amor ao dinheiro?
Para Jamal, o que importa é reencontrar o grande amor de sua vida, Latika, nem que para isso tenha de participar de um programa como Quem quer ser um milionário? só pelo simples fato de que sua amada possa estar assistindo.
Quem quer ser um milionário? é uma grata surpresa. É um Danny Boyle diferente de tudo que ele fez. Porém, não deixa de ter um quê de profético quando mostra uma Índia como potência.

Para um diretor que definiu a juventude atual como assexuada e voltada para raves e drogas antes destas virarem febre em Trainspotting, acredito que a Índia será uma das potências do mundo.

Um coisa é certa garra este povo tem.



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