segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A resposta do público nos cinemas em 2008




De acordo com dados do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro, o público de cinema no Brasil cresceu apenas 0,8% em relação ao ano de 2007. Este sindicato basea sua pesquisa através dos números de vendas de ingressos colhetando estas informações de todos os exibidores do Brasil. (pelo menos os grandes exibidores).


Este dado nos transmite uma verdade inconveniente. O público brasileiro está cada vez mais deixando de assistir filmes nos cinemas em função do avanço da internet, das novas tecnologias como o blue-ray e do estreitamento da agenda de lançamentos para video. Esta grade que antes era de 8 a 6 meses do cinema para o video foi reduzida para 3 a 4 meses e em seguida são lançados nas Tvs por assinatura num período bem pequeno.

Devido a esta grande facilidade, o espectador prefere esperar um pouco para assistir o filme no conforto de sua casa.
Conheço pessoas que preferem assistir via internet do que ir ao cinema.
Hoje em dia, são raros aqueles amantes do cinema que gostam de desfrutar de todo aquele ritual de se assistir a um grande filme no cinema acompanhado da famosa pipoca e refrigerante (no meu caso Fandangão e Coca Zero - antes era Fanta maça).
Jorge Peregrino, que é presidente deste Sindicato, argumenta que o público carece de um bom produto e que quando são lançados a resposta do espectador é imediata, como mostram os resultados de "Se Eu Fosse Você 2".
O caso deste filme é bem simples. A máquina de divulgação por trás deste filme é muito grande. Tem a Globo Filmes como produtora (precisa dizer mais). Atores queridos do grande público. Coisa que outros filmes não tem. As áreas de maior bilheteria são as das classes C e D.
Enfim, um caso isolado.
Jorge Peregrino acredita também que o ano de 2009 trará grandes produções que farão o público retornar ao cinema.
Somente o futuro dará a resposta. Acredito que o público manterá o mesmo patamar de crescimento numa espécie de substituição. Alguns vão sendo conquistados pelas facilidades e outras gerações vão surgindo na fila encarando o cinema como algo novo mais que no futuro serão seduzidos pelas tecnologias e assim por diante.
Infelizmente, o resultado mais triste é o fechamento de salas de exibição importantes como o Cine Palácio em outubro do ano passado e do Paissandu em agosto.
Dois cinemas históricos no Rio de Janeiro que foram vencidos pela falta de público.
Só resta o Odeon de pé na Cinelândia!

Um comentário:

  1. Oi Guilherme,

    Que coisa o Cine Palácio fechou ? Quando morei no Rio assisti muitos filmes nele, que pena mesmo !

    Mas é como voce falou, a concorrencia com a Internet e os "piratex" é desleal.
    Hoje na net a gente encontra verdadeiras "locadoras" virtuais, mas onde não se paga nada pra "baixar" um filme "pirata", assim os cinemas quebram mesmo !

    Márcio

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